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Em Aracaju, sindicato é perseguido por defender terceirizado

11/12/2017

Prática antissindical na Embrapa de Aracaju

Escrito por: Tatiana Melim

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário – Embrapa Aracaju (Sinpaf) vive uma situação particular de prática antissindical.

Denunciado pelos servidores públicos da empresa por perseguição e assédio moral aos trabalhadores e trabalhadoras terceirizados, ao invés de se explicar, o funcionário que faz parte da direção da Embrapa, com cargo de supervisor, entrou na Justiça contra o Sinpaf. 

O mais incrível de toda a história é que a prática antissindical foi referendada pela Turma Recursal de Sergipe, que deu ganho de causa ao supervisor.

A presidenta do Sinpaf à época, Neiza Cristina Batista, ficou surpresa com a decisão da Justiça. “Foi realmente surpreendente o Sindicato ter sido  condenado por defender o trabalhador”.

Ela conta que entre as denúncias que o Sinpaf recebeu, estava a perseguição a um funcionário terceirizado, que foi acusado, sem provas, de quebrar as câmeras de segurança da empresa. O trabalhador tentou se defender das acusações e foi obrigado a assinar um documento, mesmo sendo analfabeto, assumindo a responsabilidade pelo dano. Meses depois, ele foi demitido. 

Segundo Neiza, a denúncia chegou ao Sindicato após os próprios funcionários da Embrapa apurarem a inocência do trabalhador terceirizado. “Nós recebemos esta e outras denúncias da nossa própria base, que são os funcionários da Embrapa, e encaminhamos uma carta ao setor responsável solicitando apuração”, explica.

A empresa também proibia os terceirizados de beberem água enquanto limpavam o lago debaixo do sol e de conversar diretamente com os funcionários da Embrapa.

Para Neiza, foi uma surpresa a judicialização de denúncias tão graves quanto essas. E isso sem sequer ter tido a abertura de processo administrativo, como é o correto na gestão pública.

Responsável pelo setor de Gestão de Infraestrutura à época, que contratava os terceirizados da limpeza e segurança, o supervisor alegou na Justiça que o Sindicato não poderia representar os terceirizados e que foi cometido crime contra a sua honra.

A alegação é desmentida pela presidenta do Sinpaf, que se diz indignada com a condenação. “O Sindicato exerceu o seu papel sindical de defesa de um ambiente de trabalho que respeite o direito de todos, pois foi com essa intenção que os trabalhadores da nossa base fizeram a denúncia, acreditando no Sindicato e no diálogo com a empresa”, desabafa.

Confira a nota pública da direção do Sinpaf

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