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Frente Brasil Popular Pará traça estratégias de combate ao golpe e a Reforma da Previdência

24/02/2017

Parlamentares serão alvo de manifestações para que votem contra o projeto

Escrito por: CUT-PA

Focar e centralizar a luta no combate ao golpe, priorizando a famigerada Reforma da Previdência, foi a principal deliberação do Encontro Estadual da Frente Brasil Popular Pará, realizado no último sábado (18), no Sindicato dos Bancários, em Belém. A proposta é investir numa ampla campanha de denúncia junto à população sobre o que vem ocorrendo, além de muita pressão junto aos parlamentares paraenses.

         E o que resta do mês de fevereiro e, principalmente, o mês de março serão fundamentais para colocar em prática as estratégias emergenciais definidas no encontro. Três datas vão exigir uma ampla mobilização de ocupação de espaços: No dia 6 de março, às nove horas, na Assembleia Legislativa, será realizada uma audiência convocada pela Comissão de Direitos Humanos e do Consumidor para tratar da proposta de Reforma da Previdência do governo golpista. No interior do estado, a meta é requerer audiências públicas sobre o assunto nas câmaras municipais. Também ficou definido que a Frente vai fortalecer o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, não apenas em Belém, mas em vários municípios paraenses. A luta emergencial culminará com o dia 15 de março, na paralisação nacional promovida pelas centrais sindicais contra a reforma.

       As estratégias e ações foram definidas após um rico primeiro momento de reflexão do encontro, quando foram abordados os desafios que estão postos para entidades do movimento sindical e para os militantes dos direitos humanos.

          A vice-presidente da CUT, Carmen Foro, observou que todas as reformas propostas por Temer são encadeadas para enfraquecer a organização dos trabalhadores. “O que vamos fazer? Eles têm 300 deputados que votam a favor, eles têm a mídia para enganar o povo e o Judiciário. E eles têm muita pressa”. Segundo ela, a luta para barrar o golpe é muito difícil, mas não é impossível, porém não há outra saída a não ser meter o pé na rua e ir pra base, criar comitês locais para fazer as pessoas acordarem das mentiras veiculadas pela mídia. “É hora de liderar, apontar rumos, ir na base desses parlamentares, pressioná-los, fazer a discussão. Estamos na hora do mata-mata. Tem que ir para base, tem que ter coragem”.

      Membro da Comissão da Verdade no Pará, Paulo Fonteles, mostrou que o quadro é profundamente desfavorável à classe trabalhadora e a juventude. “Essa violência simbólica que atinge as casas e a ascensão do fascismo vão provocar o agravamento das questões humanitárias”, disse ele mandando um recado: Não há direitos humanos sem democracia.

           Nazaré Cruz, secretaria de Assuntos Institucionais do PT, citou o recrudescimento do racismo que faz com que a vida de um jovem negro seja algo descartado. “Vivemos a escravidão do século XXI, onde um jovem negro tem que superar as estatísticas e chegar vivo aos 24 anos”.

         Ana Lins, recém-eleita Ouvidora do Sistema de Segurança Pública do Pará alertou para as entidades pensarem estrategicamente assessorias jurídicas que amparem, durante as manifestações, principalmente os jovens que estão iniciando na militância e que ficam muito apavorados nos momentos de prisões. “O movimento nas ruas vai continuar e a repressão também. Eles vão tocar o terros e se a gente não começar a apoiar esses jovens, vamos perdê-los por causa dessas prisões”.

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