ESCOLA SUL > LISTAR NOTÍCIAS > BRASIL METALÚRGICO: TRABALHADORES NA INDÚSTRIA SE UNEM PARA BARRAR REFORMAS
22/08/2017
Reunidos na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nesta terça (11), representantes da CUT e de outras centrais sindicais de diversos ramos, entre eles metalúrgicos, têxtil, petroleiros e papeleiros, divulgaram uma agenda unitária de luta contra as reformas do governo ilegítimo de Michel Temer.
O Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, contou que as reformas serão temas de discussão na 15ª Plenária/Congresso Extraordinário da Central, que será realizada entre os dias 28 a 31.
“A luta contra a efetivação da Reforma Trabalhista e contra a aprovação da Reforma da Previdência serão dois grandes debates no Congresso. Não vamos assistir esta barbárie ser implementada”, disse. “Que este movimento se some a outras categorias e traga mais gente para potencializar e unificar a luta contra as reformas”, defendeu.
Diversas ações estão sendo preparadas, entre elas, o combate a reforma trabalhista já na Campanha Salarial das categorias que têm data-base no segundo semestre.
“Antes mesmo da criação deste fórum de unidade, a FEM-CUT/SP já havia criado um rol de ‘Cláusulas de Resistência’, que tem como objetivo barrar os efeitos da aprovação da reforma na Convenção Coletiva de Trabalho”, afirmou o Secretário Geral da FEM-CUT/SP, Adilson Faustino, o Carpinha.
Além das ações nas Campanhas, o fórum planejou uma agenda de mobilização com “esquentas”, que acontecerão nas bases de cada sindicato entre os dias 28 e 31 de agosto e também uma grande mobilização no dia 14 de setembro.
O Secretário-Geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Silva avaliou de forma positiva a reunião de hoje. Para ele o encontro do “Brasil Metalúrgico” demonstra que cada vez mais os trabalhadores no Brasil estão preocupados com as leis aprovadas, tanto com a Reforma Trabalhista quanto com a Terceirização.
“Sabemos que estão em jogo as relações de trabalho, direitos já conquistados e o formato e o futuro da qualidade do emprego. Há uma mentira embutida que a reforma trabalhista e a terceirização geram emprego. Está mais do que claro que é uma enganação que nos foi contada”, explicou.
“ A próxima reforma que está por vim que é a da Previdência, mais uma tentativa de retirar direitos e empobrecer a classe trabalhadora do Brasil. A união hoje de todos os metalúrgicos e de outros setores da indústria que vieram de outros Sindicatos, Federações e Confederações mostra que os trabalhadores estão caminhando para a unidade para derrubar as reformas que foram votadas e evitar a reforma da Previdência”.
Ações Jurídicas
Na tarde ontem, 21, no Palácio do Trabalhador, em São Paulo, foi criado um grupo de trabalho com representantes do Ministério Público do Trabalho, advogados trabalhistas e juristas que irão analisar quais são as ações legais cabíveis para reverter e enfrentar a reforma trabalhista aprovada no Congresso Nacional.
Para o assessor jurídico da FEM-CUT/SP, Raimundo Oliveira, o enfrentamento via institucional é essencial. “Essa reforma que na verdade é um desmonte do direito do trabalho no Brasil, tem diversos pontos que atacam a Constituição Federal. Ela é ilegal. Além disso, prejudica não só a classe trabalhadora, mas também os empresários, por causar instabilidade jurídica”, explicou Oliveira.
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