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MST e MTST não reconhecerão governo golpista de Temer

01/05/2016

Em São Paulo, lideranças negam diálogo com articulador do impeachment

Escrito por: Luiz Carvalho, André Accarini e Igor Carvalho


Ao contrário do que trazia a página de uma central que dedica o 1º de Maio para afagar golpistas sedentos por tirar direitos trabalhistas, MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) não negociam com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), da mesma forma que já anunciou a CUT.

Pouco antes de subir ao palco do 1º de Maio, em São Paulo, o dirigente do MST Gilmar Mauro falou que além de se negar a reconhecer governos comandados por arquitetos do golpe, a organização também defende que se abre uma brecha a uma gestão paralela no país.

“Não reconhecemos o governo Temer, é um impostor, e tanto ele quanto o Congresso estão rompendo com uma convenção nacional coletiva chamada Constituição. E em se consumando o golpe, podemos exercer o direito democrático à desobediência civil, inclusive construir um governo paralelo, porque ,se rompe com a Constituição, nós podemos fazer a nossa lei e é isso que o movimento social deve encaminhar no próximo período. Um possível governo Temer não terá um dia de sossego”, alertou.

Membro da coordenação nacional do MTST, Guilherme Boulos, também classificou a informação sobre a negociação com Temer como um disparate e disse que a resposta do movimento foi e continuará sendo dada nas ruas.

“Nossa ideia sobre esse e outros golpistas foi expressa na última quinta-feira (28), travando 30 rodovias, queimando pneus, bloqueando o país e deixando claro que essa agenda de retrocessos não vai passar. Não reconhecemos a legitimidade de quem tenta chegar ao poder por voto indireto e quer praticar agenda de retrocesso social. Essa notícia de conversa é gente querendo plantar informação para tirar algum benefício disso”, criticou.

Papel do 1º de Maio

Para o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, o 1º de Luta reitera o compromisso da classe trabalhadora firmado com a democracia e reforça a unidade para resistir ao golpe.

“O que já temos como legado para cuidar é este salto de qualidade nos setores da esquerda que se agruparam. Isso seguramente pavimentará um caminho para o governo Dilma. A união das esquerdas vista neste 1º de Maio é uma conquista histórica”, avaliou.

Presidente do PT, Rui Falcão, avaliou que o 1º de Maio de Luta honra a história da classe trabalhadora em defesa da democracia.

“Os trabalhadores têm participação na luta democrática no país, ajudaram a derrubar a ditadura e participaram da campanha pela anistia. Neste momento, há uma unidade muito grande pela ampliação de direitos, contra a revogação daqueles que já temos e pela continuidade da presidenta Dilma. São centrais sindicais, duas frentes (Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo), além dos partidos de esquerda – PT, PCdoB, PDT, PSOL e PDT – que se reúnem neste momento para a luta, mobilização e combate ao golpe.”

 

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