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Ocupação em São Paulo cobra de Alckmin moradias não entregues

05/02/2016

Movimento ocupa prédio da CDHU na capital para cobrar promessas não cumpridas pelo governa

Escrito por: CUT-SP - Vanessa Ramos


A União de Moradia de São Paulo (UMM-SP), movimento de caráter nacional, esteve nas ruas nesta quinta-feira (4) para exigir respostas do governador do Estado de São Paulo. Segundo a entidade, Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu a entregar 10 mil moradias nos empreendimentos em que os movimentos populares fazem o controle social. As obras complementam o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida – Entidades.

Concentrados em frente à Catedral da Sé, no centro da capital paulista, durante a tarde, os militantes caminharam até o prédio da Companhia Desenvolvimento Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), ocupado por cerca de 1.000 pessoas.

Coordenadora nacional e estadual da UMM, Graça Xavier, relata que no ano passado o governador chegou a reiterar a promessa, mas nada foi feito. “O governo de São Paulo deve assumir o compromisso de até R$20 mil por unidade habitacional e cumprir com a promessa feita há três anos de construir 10 mil casas através de mutirão e autogestão”, explica.

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o estado com maior número de domicílios em situação de déficit é São Paulo, com 1,12 milhão. Os movimentos de moradia garantem, contudo, que o déficit chega a 2 milhões, levando-se em consideração a população que vive em favelas, cortiços e aéreas de risco.

Conselheira da Cidade de São Paulo e secretária de Imprensa e Comunicação da CUT São Paulo, Adriana Magalhães, defende a construção de uma política habitacional e urbana para o estado paulista.

“Emprego e moradia são essenciais para a classe trabalhadora e o Estado de São Paulo, nesse sentido, está na contramão, sem falar que moradia não é apenas ter a casa, mas um conjunto de políticas sociais e infraestrutura para quem irá morar. O Programa Minha Casa, Minha Vida deu acesso à moradia a milhares de famílias, mas tem de haver cooperação entre os entes e o governo de São Paulo não está fazendo sua parte”, afirma a dirigente.

Para Graça, Alckmin só dá exemplos de como não se deve governar para o povo. “Já não basta o que aconteceu no ano passado, quando o governador quis fechar escolas. É um absurdo, mas esse governo não tem uma política pública voltada para maioria da população, que é de baixa renda, seja na saúde, na educação, na moradia”, afirma a dirigente.

Segundo a UMM, as famílias permanecerão acampadas no prédio até que o governo responda às reivindicações e entre em acordo com o movimento.
 

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