ESCOLA SUL > LISTAR NOTÍCIAS > POR DETERMINAÇÃO UNÂNIME DE SEU CONGRESSO, CONDSEF REFORÇA CAMPANHA DO PLEBISCITO DA REFORMA POLÍTICA
27/08/2014
A Condsef convoca suas entidades filiadas a reforçar a campanha do plebiscito constituinte que entre os dias 1º e 7 de setembro fará uma consulta nacional a respeito da necessidade de se convocar uma constituinte para debater a Reforma Política no Brasil, fundamental para garantir um estado democrático de fato. A participação da Condsef nesta campanha faz parte de uma determinação unânime da base da Confederação reunida no último congresso nacional da entidade, realizado no final do ano passado em Beberibe-CE. A Condsef e suas filiadas se unem a diversas entidades da sociedade civil organizada na luta por um sistema eleitoral que modifique as relações atuais entre eleitor, políticos e empresas financiadoras de campanhas. Urnas espalhadas por diversas cidades vão recolher a opinião da população brasileira que já deu provas de que busca representantes políticos comprometidos com o desenvolvimento do País.
Quem também encampa essa luta é a Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade da qual a Condsef é filiada. No site da Central estão disponíveis diversos materiais que esclarecem o teor da campanha pelo plebiscito constituinte. O objetivo é garantir uma consulta sobre a necessidade de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o nosso sistema político. A expectativa é obter pelo menos 10 milhões de votos favoráveis ao plebiscito. O resultado será encaminhado a Presidência da República, a Câmara dos Deputados, ao Senado e ao Supremo Tribunal Feral (STF).
Comitês em defesa da campanha estão se multiplicando e esperam atingir bairros, escolas, universidades e diversos outros segmentos da sociedade. O plebiscito visa ampliar a participação e representação popular na escolha de um sistema político mais transparente e sólido. Será feita apenas uma pergunta no plebiscito: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político”. A Condsef, a CUT e todas as demais entidades envolvidas nessa luta defendem a mudança do sistema político como forma de garantir maior e melhor representação e participação da sociedade e, especialmente, da classe trabalhadora nos processos e espaços de debate e decisão de questões nacionais.
Informação para entender o plebiscito – As entidades envolvidas na campanha entendem que este é um assunto complexo e que a informação é o instrumento mais importante para assegurar a participação da população no processo. A CUT disponibiliza em seu site material explicativo da campanha que pode ser acessado clicando aqui. A mudança do sistema político é o caminho para livrar a política brasileira do poder econômico e abrir espaço à participação popular direta nos processos e esferas de decisão dos rumos do País.
Uma cartilha criada para esclarecer o tema destaca que, apesar de avanços registrados nos últimos anos, ainda existe uma estrutura excludente no Brasil que impede a maioria de participar e se fazer representar institucionalmente. A reforma do sistema político ampliará e fortalecerá a democracia brasileira, por isso ela é indispensável para que ocorram outras reformas.
Alguns dados e números elucidam o processo e mostram porque a reforma do sistema político é tão importante para o País: em 2008, as empresas doaram 86% dos recursos totais da campanha eleitoral. Em 2010, 91% e, em 2012, 95%. Dados do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) também mostram que a representação política é outro grave problema porque o sistema eleitoral é marcado por grave distorção da realidade brasileira. Dos 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores) eleitos em 2010, 273 são empresários, 160 compõem a bancada ruralista, 66 são da bancada evangélica e apenas 91 parlamentares são considerados representantes dos trabalhadores, da bancada sindical.
É para mudar essa e outras distorções que prejudicam o povo brasileiro que se faz necessária uma reforma do sistema político. A Condsef e suas filiadas estão unidas nesta e em outras lutas legítimas que fortaleçam a maioria da população tão carente de representantes comprometidos com as mudanças necessárias para a consolidação de um Estado forte e desenvolvido.
Com informações da CUT Nacional
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